"There is a kind of lazy pleasure in useless and out-of-the-way erudition" - JLBorges Arte,história,ciência e cultura em pequenos rectângulos perfurados
De 1968 a 1972 nove missões tripuladas conquistaram aquele que, até à data, é a maior realização da Humanidade.Na comemoração dos 50 anos desse feito a Ilha de Man emitiu a série filatélica que resume e enaltece os diferentes passos e protagonistas dessa jornada.
Em 2007 o celebrado realizador de Hollywood, Ron Howard (Appolo XIII) , dirige o documentário "In the Shadow of the Moon" onde narra essa épica epopeia pela voz dos principais protagonistas
A derradeira jornada
Este fabuloso feito da humanidade, inspirou de diferentes quadrantes múltiplas interpretações e fantasias.A imaginação acompanha o sonho das massas mas também os seus medos mais insondáveis.Já aqui dei nota do extraordinário exercicio ficcional de William Karel - "Dark side of the moon".Deixo aqui o link para UFO insight onde Marcus Lowth sintetiza exaustivamente as várias teorias da conspiração à volta de todo o programa Apollo e as explicações alternativas do seus sucessos e desaires.
É do meu ponto de vista um exercício pseudo-científico extremamente atraente pois reflete a capacidade do ser humano para encenar as suas próprias narrativas que sempre estiveram presentes na história do homem e que vão muito para além do enunciação dos factos.
Em fevereiro de 2022 Roland Emmerich estreia mais um dos seus "blockbuster" filme-catástrofe. O argumento inspira-se numa das teorias conspirativas que rodeiam a exploração lunar (ver acima), aquela que defende que a lua é uma megaestrutura alienígena, construida por uma civilização avançada que terá sido responsável pelo desenvolvimento da vida no planeta Terra.À volta desta ideia base é construída a narrativa onde os protagonistas tentam a salvação da civilização e do proprio planeta.
Para além das habituais cenas de acção e uso de efeitos especiais com recurso digitais q.b. , a construção das personagens e respetivos dramas interpessoais é bastante superficial , eu diria mesmo, banal. Finaliza com referência a um futuro dominado pela inteligência artificial onde a digitalização da consciência será o caminho para a imortalidade
Deixo abaixo os "trailer" oficiais e aqui a critica de Richard Brody, colunista da "New Yorker " e autor do blog "Front Row" onde escreve sobre cinema.
Roland Emmerich 2022