"There is a kind of lazy pleasure in useless and out-of-the-way erudition" - JLBorges Arte,história,ciência e cultura em pequenos rectângulos perfurados
South Georgia é uma ilha remota no Oceano Atlântico Sul, parte do território britânico ultramarino de South Georgia e South Sandwich Islands. A ilha é montanhosa e tem um clima rigoroso, com neve cobrindo grande parte do ano. Não possui população indígena e é habitada principalmente por cientistas e pessoal de apoio em estações de pesquisa, como a British Antarctic Survey em King Edward Point.
A ilha é conhecida por sua rica vida selvagem, incluindo várias espécies de pinguins e focas. Historicamente, foi um importante centro para a caça de baleias e focas, atividades que cessaram em meados do século XX.
Sendo a emissão de selos postais uma forma de afirmação de soberania dos estados e territórios, os serviços postais britânicos lançam frequentemente séries postais para desta maneira afirmarem o território como parte integrante dos Territórios Britânicos Ultramarinos.
Em 2004 é lançada uma série comemorativa de 16 selos que aludem aos principais marcos históricos desta inóspita ilha onde não existe, atualmente, povoações ou habitantes permanentes. Para maior detalhe sugiro a visita ao site do South Georgia Museum
Grytviken era o único povoado da ilha. Fundada em 1904 como uma estação baleeira, hoje é conhecida como um importante local turístico, repleto de história e lembranças da indústria baleeira do passado. Com um museu dedicado a contar a história dessa atividade, é um destino imperdível para quem se interessa pela trajetória da exploração da Antártida e da região sul do Atlântico.
Além de seu passado baleeiro é também é conhecida por abrigar um cemitério com muitas histórias para contar, incluindo o túmulo de Sir Ernest Shackleton, explorador polar de renome mundial. Com uma paisagem deslumbrante e uma atmosfera única, a vila é um lugar especial para os interessados em história marítima e exploração polar. A preservação desse local histórico é essencial para manter viva a memória do passado baleeiro da região.
A Igreja luterana de Grytviken, é um marco histórico importante da região. Construída em 1913, a igreja foi projetada para atender às necessidades espirituais da comunidade local de baleeiros, maioritariamente noruegueses, sendo por isso dedicada a S. Olaf, padroeiro da Noruega.
É um destino turístico popular, atraindo visitantes interessados em explorar a história fascinante da região. A preservação desse patrimônio cultural é fundamental para manter viva a memória dos primeiros habitantes que enfrentaram desafios extremos para estabelecer comunidades nesse ambiente inóspito.
Capitão C. A. Larsen foi um renomado explorador e baleeiro norueguês, conhecido por suas viagens épicas aos confins do mundo. Ele ficou famoso por liderar expedições à Antártida e por ter sido o primeiro a avistar diversos locais remotos na região. Em 1902 visitou, ao comando do navio Antartic, a ilha de Georgia do Sul e decidiu que aí construíria uma estação baleeira. Em 1904 fundou a estação e coordenou a construção do povoado de Grytviken. Em 1913 é erigida a igreja de Grytviken, pré-construída na Noruega, e consagrada no dia de Natal de 1913.