IMPERIAL TRANS-ANTARTIC EXPEDITION

Esta fantástica série enaltece os protagonistas da "Imperial Trans-Antarctic Expedition" (1914-1916) liderada por Shackleton, que foi talvez uma das últimas aventuras épicas da exploração da Antartida.

O objectivo da expedição era a travessia a pé do continente antartico partindo do Mar de Weddel até ao Mar de Ross passando pelo polo geográfico (entretanto conquistado por Amudsen).

As adversas condições atmosféricas logo no inicio da expedição transformaram a empresa numa das maiores provas de sobrevivência e capacidade de resiliência do ser humano

 

Esta série de 8 selos emitidos pelo Royal Mail em 2016 comemorando o centésimo aniversário da expedição utiliza as impressionantes fotografias captadas por Hurley, evocando as etapas decisivas da fracassada expedição designada por Sir Edmund Hillary como "The greatest survival story of all time".

 

Timeline da expedição Endurance

Para conhecimento mais aprofundado de tão extraordinária façanha recomendo a consulta do site Cool Antartica ,profusamente detalhado e documentado https://www.coolantarctica.com/Antarctica%20fact%20file/History/Shackleton-Endurance-Trans-Antarctic_expedition2.php

 

White Darkness - David Grann

Cem anos depois, o extremo sul ainda exerce o seu fascínio exponenciado pelas heroicas tragédias da sua época dourada.

Henry Worsley ,oficial dos SAS, reconhecido e condecorado, era, desde a infância um apaixonado da personalidade magnética e mítica de Shackleton e das suas épicas tragédias.Após se retirar da vida militar estabeleceu como objectivo de vida reproduzir as pisadas do seu mentor espiritual.Em 2008 empreendeu, uma primeira e bem sucedida expedição ao pólo sul (algo que Shackleton nunca atingiu).Ainda assim o apelo do abismo mantinha-se e, em 2015, propos-se a atravessar, sozinho e a pé, todo o continente antartico tal como Shackleton se tinha proposto 100 anos antes.

A sua odisseia está magistralmente contada nesta peça jornalística, eu diria literarária, onde somos envolvidos pela inevitabilidade trágica da obsessão, demasiado humana, de desafiar os limites que a natureza nos impõem.Neste caso as "trevas brancas" são a expressão última, ao mesmo tempo real e metafórica que sintetiza o vazio interior que assola estas almas se, pelo menos não tentarem, confrontar esses limites

Deleitem-se aqui : https://www.newyorker.com/magazine/2018/02/12/the-white-darkness